segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Papa expulsa sacerdote argentino condenado por pedofilia

José Mercau foi condenado a 14 anos de prisão por abusar de quatro menores quando trabalhava em uma casa beneficente que acolhia crianças de rua

Papa Francisco durante a Audiência Geral Semanal, na Praça de São Pedro, no Vaticano
Papa Francisco durante a Audiência Geral Semanal, na Praça de São Pedro, no Vaticano (Alessandro Bianchi/Reuters/VEJA)
O papa Francisco ordenou nesta quarta-feira que um sacerdote argentino, condenado por pedofilia, seja privado do exercício de seu ministério clerical, reporta o jornal La Nación. A decisão do sumo pontífice afeta José Mercau, condenado a 14 anos de prisão por abusar de quatro menores quando era pároco de San Juan Bautista, na cidade de Ricardo Rojas, na província de Buenos Aires, parte da diocese de San Isidro.
O bispado de San Isidro confirmou nesta quarta-feira em comunicado que “o Santo Padre decretou a renúncia do presbítero José Mercau do estado clerical. Por este decreto, Mercau perdeu automaticamente os direitos próprios do estado clerical, ficando privado de todo o exercício do ministério sacerdotal”, acrescenta o breve comunicado, assinado pelo porta-voz da diocese, Máximo Jurcinovic.
Leia também
Papa manda prender ex-arcebispo acusado de pedofilia
Vaticano expulsa do sacerdócio núncio acusado de pedofilia 


Em dezembro do ano passado, a diocese de San Isidro tinha pedido perdão publicamente pelo caso de pedofilia que se tornou um escândalo na imprensa argentina. Mercau, que estava a cargo de um lar que abrigava meninos de rua, foi denunciado por pedofilia em 2005 e se reconheceu culpado em um julgamento. Os menores abusados tinham idades entre 11 e 14 anos e viviam na casa San Juan Diego, na localidade de El Talar, onde trabalhava o padre expulso.
Mercau foi acusado de quatro casos de corrupção de menores, dois casos de abuso sexual agravado por relações sexuais, e por subjugação sexual “seriamente ultrajante”. Em 2011, o padre admitiu em julgamento ter abusado de adolescentes e foi sentenciado a uma pena de 14 anos de prisão. Em setembro de 2013, a defesa pediu liberdade provisória para o sacerdote, mas o pedido foi negado. Em março deste ano, o Tribunal Criminal concedeu o benefício da liberdade condicional.fonte:veja.com.br
Leia mais
Papa pede perdão por crianças abusadas por padres
ONU pede para Vaticano entregar à Justiça suspeitos de pedofilia

(Com agências EFE)

Nenhum comentário: